É sabido por todos ou por uma grande maioria que o álcool, ou bebida alcoólica, possui inúmeros efeitos sobre o corpo humano, dentre eles o retardo dos reflexos.
Sabe-se também que o uso, ingestão de álcool está associado à boa parte dos acidentes de trânsito.
No Brasil, anteriormente a Lei Seca (Lei 11705), existia um limite de 0,6 gramas de álcool por litro de sangue, que poderia ser ingerido por quem fosse dirigir. Diante da falta de conclusões a respeito de um nível seguro de consumo de bebida alcoólica, tendo em vista a individualidade de ser humano, foi enrijecida a lei para que a quantia máxima de álcool no sangue fosse de no máximo 0,2 gramas por litro de sangue, o que praticamente proibiu o consumo de bebida alcoólica antes de dirigir.
Foi comprovado também que o número de acidentes diminuiu consideravelmente depois da implantação da Lei Seca. É bem verdade, que à medida que a fiscalização foi relaxada, esses índices voltaram a subir, o que mais do que nunca comprova realmente a eficácia da medida e que o consumo de álcool, seja ele mínimo, tem influência no comportamento no trânsito sim.
Outro grande entrave para a plena eficácia da lei, bem como a modificação cultural a respeito do beber e dirigir, é no que se refere ao que eu chamo de desserviço, de se informar para aqueles que bebem e dirigem, a posição das blitz nas cidades. Isso é uma maneira de ajudar infratores e criminosos a burlar a lei. E mais, esse tipo de informação não ajuda só o suposto cidadão de bem que tomou uma cervejinha na janta, mas também aquele que bebeu tudo o que foi possível e ainda pode auxiliar também o criminoso mais perigoso, que pode estar com um carro furtado/roubado, realizando um seqüestro relâmpago ou até mesmo assaltando um taxista. E para aqueles que duvidam dessas possibilidades – vagabundo não vai ter twitter, facebook, etc. - a Rádio Gaúcha, há pouco tempo noticiou um presidiário que possuía um celular dentro da cadeia e com perfil no twitter e tinha como um dos seus seguidos o governador Tarso Genro.
Aí tenho certeza absoluta que alguém que ler vai pensar: “É taxista. Ta puxando a brasa para o assado dele. Se a galera não pode dirigir vai andar mais de táxi...”
Pois respondo: NÃO! Na verdade o que quero é ter a tranqüilidade de dirigir, principalmente a noite – turno o qual passo 12hs nas ruas e avenidas de Porto Alegre – sabendo que nenhum motorista irresponsável embriagado vai bater no meu táxi e deixar a mim a ao meu auxiliar sem trabalho e conseqüentemente sustento, por vários dias ou pior, me causar qualquer tipo de lesão, leve ou grave ou ainda abreviar minha vida.
Ademais, informando os pontos de fiscalização, é dar “um tiro no próprio pé”, pois quem garante que o bêbado que você ajudou informando uma blitz, não irá bater no seu próprio carro? Quem garante que ele não estará envolvido em um acidente com um familiar seu?
Pense nisso.
Qual foi a redução de acidentes?
ResponderExcluirEm numero e percentuais.
Especificar: horários ocorridos e se os envolvidos estavam embriagados ou não.
São dados muito precisos, tecnicos. Não saberia te dizer com toda essa precisão. O que posso dizer é que no começo da lei, onde se fiscalizavam mais, uma médica me informou que havia caído em 80% o número de atendimentos referentes a acidentes de transito.
ResponderExcluirOs acidentes reduziram na mesma proporção que reduziram os carros na rua, será que não?
ResponderExcluirNessa mesma linha, se proibirem os carros de circular, o número de acidentes seria zero.
De maneira alguma. Consegue visualizar na noite de Porto Alegre 80% menos de carros circulando? Seria transitar por ruas desertas e não era o que se via.
ResponderExcluirFiscalização fez a diferença. Se criou o "motorista da rodada" e as caronas com quem não bebe. O numero de carros com certeza diminuiu, mas não na mesma proporção do número de vítimas de acidentes de transito.