sábado, 14 de maio de 2011

Copa 2014

   Inevitável se falar nesse assunto.
   Ainda mais pelo fato de que em 2013 haverá a Copa das Confederações, o que reduz os prazos das obras para a maioria das cidades sedes.
   Muito caro será o preço pago por nós cidadãos comuns e contribuintes por esse evento, o qual entusiasma a maioria dos brasileiros, consumidores das opiniões de uma grande manipuladora de massas, chamada televisão.
   Hoje, 14 de maio de 2011, ou seja faltando 2 anos para a Copa das Confederações e 3 para a Copa do Mundo, obras ainda nem começaram e seus orçamentos já extrapolam qualquer realidade. Outras estão em andamento e explodiram seus orçamentos em 2, 3 vezes mais.
   O templo brasileiro do futebol, o Estádio Jornalista Mário Filho, também chamado de Maracanã, administrado pela SUDERJ(Superintendência de Desportos do Estado do Rio de Janeiro), é o melhor exemplo da pajelança financeira o qual viveremos por causa desse glorioso evento. Um orçamento inicial em torno de 700 milhões de reais para uma simples reforma, que hoje já está estimado em mais de 1 bilhão de reais, podendo ultrapassar - e vai ultrapassar  - fácil esse valor. Só para comparar, a construção do Emirates Stadium, estádio do Arsenal da Inglaterra, teve um custo de 430 milhões de Euros, hoje um pouco menos de 1 bilhão de reais. Detalhe, que esse foi o custo do Estádio, que é uma arena multiuso com tudo que se possa imaginar dentro de um complexo de entretenimento - teatro, shopping, cinemas, restaurantes, etc, mais as obras de infra-estrutura conexas. Entenda-se infra-estrutura como acessos ao estádio, ponte sobre linhas férreas e demais projetos de acessibilidade e mobilidade urbana ao redor do complexo.
   Bem diferente dos mais de 1 bilhão de reais que serão gastos para uma REFORMA em um estádio no Brasil, veja bem, REFORMA.
   A diferença é que o estádio do Arsenal, assim como a reforma do Beira-Rio e construção da Arena do GFPA, é que o dinheiro investido vem da iniciativa privada que valoriza seu dinheiro, já que não vive na mesma "disneylândia" que o poder público, com dinheiro infinito e desvios escabrosos.
   Agora a pergunta: Tchanã!
   Quem vai pagar por todas essas obras super-faturadas, desvios de verbas e todo dinheiro público "investido"?
   O quão caro vai nos custar essa visibilidade?
   O quão caro vão nos custar essas mudanças, que os políticos insistem em nos empurrar guela abaixo que vão ficar para as cidades depois da Copa?
   Ah! E serão mudanças significativas mesmo. O Estádio Olímpico João Havelange, o famoso Engenhão, que o diga. Ou alguém aqui discorda que lá na Amazônia era necessário um estádio de futebol? Ou em Brasília? Tendo em vista que são potências brasileiras no esporte, com todos os seus clubes multicampeões, realmente eram necessários novos e gigantescos estádios. Assim como é de extrema necessidade uma quadra de tênis no deserto do Saara, e assim como é imprescindível que se crie uma arena para touradas na Índia.
   Fica a dúvida.
   Quanto e por quanto tempo pagaremos por esse gigantesco progresso?
   Pense nisso.

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